quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O caos.


O trânsito de Ubá está cada dia mais caótico, a cidade cresceu assustadoramente nos últimos anos, o número de automóveis que circula pelas ruas da cidade aumenta a cada dia, só o que tem diminuído consideravelmente é a educação e responsabilidade dos motorista, motociclistas,pedestres e principalmente dos ciclistas que por aqui trafegam. Parece que para eles faixa de pedestres é mera ornamentação, estas, porém não são respeitadas.

É cada dia mais difícil trafegar pelas ruas de Ubá, se torna quase uma aventura cruzar a cidade nos horários de ruche, por volta das 7:00 da manhã, no horário de 11:00 às 13:00 e logo após as 17:00 horas, principalmente os ciclistas querem voltar para casa o mais rápido possível, desrespeitando as mais elementares normas de segurança, colocando em risco suas vidas e a dos outros. Será que existe solução?


Creio que sim, mais depende de normas rígidas de controle por parte das autoridades, fazer blitz de conscientização e com punição aos infratores é uma das soluções viáveis, mas as bicicletas não podem ser deixadas de fora desta mobilização, os ciclistas infratores deverão ter suas bicicletas apreendidas e para reavê-las deverão participar de um curso de responsabilidade no trânsito, além de pagar uma pequena multa.

Uma medida a médio e longo prazo é a educação para o trânsito que deverá ser iniciada a todos os estudantes o mais cedo possível, de preferência no primeiro ano do ensino fundamental, neste a criança aprenderá a maneira correta de se portar como pedestre e como futuro condutor de um veículo, estes com certeza ao verem seus pais ou outro adulto cometendo alguma infração irão alertá-los e corrigi-los, assim no futuro teremos pedestres, ciclistas e motoristas conscientes de suas responsabilidades com a sua vida e a de seus semelhantes, e assim com certeza teremos um trânsito menos ameaçador.

O País das cotas.




O Brasil necessita urgentemente de educação de qualidade e para todos, independente da raça, descendência, ou posição social a quem se destina . Me preocupa enormemente a enxurrada de cotas que têm surgido a cada dia no nosso país, até parece uma nova moda , é cota para negros, cota para descendentes indígenas (depois de termos quase acabado com a cultura deles), é cota para estudantes vindos de escolas públicas, cota para deficientes, etc.

Quando estipulamos cotas estamos alimentando a desigualdade social, as cotas se transformam em uma forma de segregação. Ser Negro, pobre, ter estudado em escolas públicas não torna o aluno mais ou menos capaz, o que capacita um aluno é a qualidade da educação recebida desde a base, e também sua vontade pessoal de vencer obstáculos. No momento em que estipula-se cotas para um determinado seguimento de pessoas estamos rotulando-as como incapaz ou inferior a outros seguimentos e com isso deixamos de lutar pelos seus direitos verdadeiros, que é uma Educação de qualidade em todos os níveis e para TODOS.

Brinquedo Perdido.




A praia de Copacabana, um dos cartões postais do Rio de Janeiro, foi enfeitada com setecentas cruzes negras como forma de protesto contra a onda de violência que assola aquela linda cidade, os manifestantes buscaram com o ato conscientizar a população e as autoridades da necessidade de dar um basta em tantas mortes. A nossa pequena cidade de Ubá, antes chamada de Cidade Carinho não está longe da violência, em menos de um mês fomos agredidos com três mortes bárbaras e perfeitamente evitáveis. Um jovem foi morto por outro, por motivo de briga de Ganges rivais, pouco depois um outro também jovem parece que se suicidou, ao que tudo indica empurrado pelas drogas, e no ultimo caso um jovem de vinte e poucos foi morto, e se não bastasse uma bala atingiu uma pessoa que não tinha nada a ver com o desafeto do assassino (a famosa bala perdida chegou a nossa cidade).

Fico pensando o por que de tanta violência, não consigo encontrar uma razão, mas creio que temos o dever como cidadãos que somos de fazer algo, pelo futuro de nossa cidade, antes que seja tarde demais. Sou educadora e trabalho com crianças bem pequenas, dia desses estava eu conversando com um aluno de apenas 6 anos e ele me disse que tem uma metralhadora de brinquedo, isso me chocou demais, o que leva alguém a dar de presente a uma criança uma arma de brinquedo?

E ainda mais sério é pensar, o que esse tipo de brinquedo faz com a cabeça de nossas crianças.
Quando uma menina está, em sua inocência peculiar da infância, brincando de casinha, embalando sua boneca como se fosse sua filhinha ela está aprendendo a ser carinhosa com suas bonecas, cuidadosa com sua “casinha”, ela está treinando para ser mãe e dona de casa, me desculpem as feministas de plantão, enfim algo de útil fica dessa brincadeira, quando os meninos estão jogando bola, brincando de carrinho, de bicicleta, eles treinam para o futuro, aprendem equilíbrio, noção de direção, aprendem a compartilhar com os companheiros de brincadeiras enfim algo de útil será acrescentado à bagagem dessas crianças. Agora eu pergunto o que uma arma de brinquedo acrescenta ou deixa de ensinamento para uma criança? Não consigo encontrar resposta.

Então por que presentear uma criança com este tipo de brinquedo? E ainda indo mais fundo na questão eu volto a questionar, como em pleno século XXI ainda existe fábricas de tais“brinquedos”, vocês me responderão que é porque existe comprador. Concordo, então está na hora de fazermos um grande movimento contra tais brinquedos. Já temos violência demais na vida Real, não necessitamos que nossas crianças sejam induzidas a participar desta realidade tão cruel.

Em nosso pais existem órgãos reguladores para tudo, inclusive da qualidade dos brinquedos que irão parar nas mãos de nossas crianças, será que a inutilidade e o pior, o perigo que representa uma arma de brinquedo nunca passou pela cabeça dos componentes destes órgãos?
Conclamo todos os pais, amigos e educadores das crianças de nosso país a acabar de vez com o reinado desses brinquedos, e que a nossa empreitada seja abençoada por Deus.


Direitos Humanos de quem?



















Recentemente, uma criança de apenas 6 anos foi seqüestrada e mantida em cativeiro por mais de 60 longos dias em São Paulo. Quando acontece um seqüestro com um indivíduo de qualquer idade já se configura um crime hediondo, covarde e nefasto ( e por incrível que pareça os nossos legisladores estão tentando acabar com esta configuração legal de crime hediondo), mas quando ele é praticado contra uma criança (que aos olhos da lei é visto como incapaz) a coisa toma proporções ainda maiores.

Retirar uma criança de sua família e privá-la do convívio de seus pais e daqueles que a amam chega a beirar a monstruosidade, pois além do seqüestrado sofrer muito, sofrem também a angústia da falta de notícias, sofrem os irmãos a incerteza de ter de volta o irmão querido, enfim sofre toda a sociedade pela barbaridade cometida.

O que me revolta e deixa perplexa é o fato de que durante os mais de 60 longos dias em que esta família esteve sem notícias de seu membro querido, nem mesmo por uma vez foi procurada por nenhum defensor dos direitos humanos, não houve a mínima preocupação em perguntar-lhes se estavam precisando de algum apoio seja no âmbito material, seja no emocional.

Em contrapartida eles estavam muito preocupados com os direitos dos detentos de uma penitenciária de uma cidade do interior de São Paulo que, após terem queimado colchões, móveis e destruído pavilhões (os quais diga-se de passagem, serão novamente custeado por nós, cidadãos honestos e pagadores de seus impostos, para serem reconstruídos) estavam “amontoados” no pátio do presídio.

Os defensores dos direitos humanos estavam tentando garantir os direitos de ladrões, assassinos, seqüestradores que vivem neste presídio. Não sobrou tempo nem disposição para se preocupar com o sofrimento da mãe e do pai do seqüestrado, menos ainda se preocupam com as viúvas e órfãos dos agentes penitenciários e policiais assassinados cruelmente, como represália à não-obediência à vontade dos mandantes do crime organizado (que infelizmente hoje se configura em uma forma de poder paralelo, poi sinal muito forte).

É revoltante perceber em que se transformou nosso País. Que país é esse em que só se valoriza os direitos dos presos e condenados e se esquecem de defender os direitos das pessoas de bem, trabalhadores e cidadãos cumpridores de seus deveres? Está havendo uma tremenda inversão de valores e isto deve ser revisto, enquanto ainda há tempo, se quisermos fazer de nossas crianças homens de bem. Para concluir devo dizer que a Declaração dos Direitos Humanos é um enorme avanço em direção à pacificação do mundo. Sonho com o dia em que todos possam acolher-se nela.