quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Direitos Humanos de quem?



















Recentemente, uma criança de apenas 6 anos foi seqüestrada e mantida em cativeiro por mais de 60 longos dias em São Paulo. Quando acontece um seqüestro com um indivíduo de qualquer idade já se configura um crime hediondo, covarde e nefasto ( e por incrível que pareça os nossos legisladores estão tentando acabar com esta configuração legal de crime hediondo), mas quando ele é praticado contra uma criança (que aos olhos da lei é visto como incapaz) a coisa toma proporções ainda maiores.

Retirar uma criança de sua família e privá-la do convívio de seus pais e daqueles que a amam chega a beirar a monstruosidade, pois além do seqüestrado sofrer muito, sofrem também a angústia da falta de notícias, sofrem os irmãos a incerteza de ter de volta o irmão querido, enfim sofre toda a sociedade pela barbaridade cometida.

O que me revolta e deixa perplexa é o fato de que durante os mais de 60 longos dias em que esta família esteve sem notícias de seu membro querido, nem mesmo por uma vez foi procurada por nenhum defensor dos direitos humanos, não houve a mínima preocupação em perguntar-lhes se estavam precisando de algum apoio seja no âmbito material, seja no emocional.

Em contrapartida eles estavam muito preocupados com os direitos dos detentos de uma penitenciária de uma cidade do interior de São Paulo que, após terem queimado colchões, móveis e destruído pavilhões (os quais diga-se de passagem, serão novamente custeado por nós, cidadãos honestos e pagadores de seus impostos, para serem reconstruídos) estavam “amontoados” no pátio do presídio.

Os defensores dos direitos humanos estavam tentando garantir os direitos de ladrões, assassinos, seqüestradores que vivem neste presídio. Não sobrou tempo nem disposição para se preocupar com o sofrimento da mãe e do pai do seqüestrado, menos ainda se preocupam com as viúvas e órfãos dos agentes penitenciários e policiais assassinados cruelmente, como represália à não-obediência à vontade dos mandantes do crime organizado (que infelizmente hoje se configura em uma forma de poder paralelo, poi sinal muito forte).

É revoltante perceber em que se transformou nosso País. Que país é esse em que só se valoriza os direitos dos presos e condenados e se esquecem de defender os direitos das pessoas de bem, trabalhadores e cidadãos cumpridores de seus deveres? Está havendo uma tremenda inversão de valores e isto deve ser revisto, enquanto ainda há tempo, se quisermos fazer de nossas crianças homens de bem. Para concluir devo dizer que a Declaração dos Direitos Humanos é um enorme avanço em direção à pacificação do mundo. Sonho com o dia em que todos possam acolher-se nela.

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